Kelly Jones. Não, não estou falando da mais nova cantora pop do momento. É simplesmente um dos vocalistas atuais mais competentes. Líder da banda galesa Stereophonics, Kelly é dono de um timbre rouco e marcante, figurando na sessão de “vocalistas originais” e não na de “vocalistas imitadores” do mundo musical. Bom, quem conhece Stereophonics sabe que a banda mistura perfeitamente músicas fortes como “Vegas Two Times” com baladas de primeira linha, entre elas a chiclete (no bom sentido) “Maybe Tomorrow”. O que acontece é que entre as gravações do sexto álbum da banda, eis que Kelly grava algumas músicas e pronto: estalo! Depois de apenas dois dias de gravações, todas ao vivo (é preciso ressaltar), nasceu Only The Names Have Been Changed. Um trabalho que fez da simplicidade e do amor nem um pouco platônico a receita para algumas horas de talento em forma bruta. Tudo isso mergulhado numa atmosfera densa, beirando muitas vezes o lado obscuro que somente grandes amores têm o poder de criar. Com interpretações únicas, Kelly Jones mostra para o mundo que pode colocar sua voz em primeiríssimo plano e ainda prova que é possível sim fazer baladas que fogem do romantismo meloso e previsível que, infelizmente, nos acostumamos a ouvir. Logo na primeira faixa temos a impiedosa balada “Suzie”. Nela, temos a solidão da perda de um grande amor, muito claro em versos como “You came to rescue me / So I came to believe / You were my remedy”. “Suzie” inclusive eleva “bye” à categoria de uma palavra que arrebata sem dó os corações desavisados quanto a esse CD. A partir daí segue um desfile de baladas inspiradas e (o que é melhor) inspiradoras; todas intituladas com nomes de mulher. Only The Names Have Been Changed é uma espécie de anti-antidepressivo, sem contra-indicações, é claro.
Only The Names Have Been Changed
Kelly Jones
No amor eu seu que o senhor já foi bom nisso ..kkkk
ResponderExcluirDo caos para o amor ...o senhor anda bastante variado hein ...kk
tens como me mandar o disco por email?
abraços diretos da Thailand
Pedro