quinta-feira, 24 de setembro de 2009

A Eternidade como Prova do Medo

Amigos, vale avisar: Layne Staley, lendário vocalista do ALICE IN CHAINS, não morreu. Quem ouve o último disco dos caras, Black Gives Way to Blue, descobre isso rapidinho. O novo vocalista da banda, William DuVall, imita Staley com uma perfeição sem igual. E aí vem uma pergunta que não dá pra calar: onde está o tão falado “espírito inquieto de artista”? Para os conservadores, o ALICE IN CHAINS soar como sempre é um confortável alívio, mas para uma pessoa como eu, sedenta por novidades, tenho de dizer que estou decepcionado. Black Gives Way to Blue não tem personalidade e ponto. Faltou coragem para chutar o pau da barraca e fazer algo totalmente diferente. Tudo bem, mesmo que não fosse uma reviravolta, pelo menos contratassem um vocalista que não se contentaria em ser um mero e insosso imitador. Assim como Paul Rodgers não quis imitar Freddie Mercury no QUEEN, achei que o ALICE IN CHAINS faria igual, ou seja, diferente. Afinal de contas, onde está a personalidade vocal, o timbre único que (quase) todos os vocalistas de rock procuram? Não sei, mas o fato é que o ALICE IN CHAINS virou uma banda cover de si mesmo; o que na minha opinião é um tipo de morte cada vez mais freqüente no mundo da música. Os caras da banda disseram que Black Gives Way to Blue era uma homenagem a Staley; mas, sinceramente, não era para tanto. Enfim, Elvis e Staley continuam vivos. Rendamos, irmãos, graças aos covers!