Depois de 18 anos do seu lançamento, Nevermind, o trabalho que catapultou o Nirvana ao estrelato mundial, não resistiu à soberania do tempo. O CD hoje figura como uma daquelas fotos amareladas que guardamos com carinho na cabeceira. É claro que Nevermind tem seu crédito, até porque foi lançado no momento certo, no lugar certo, com o homem certo: Kurt Cobain. Não estamos falando de um exímio guitarrista ou vocalista, muito pelo contrário, mas sim de um astro que fez da rebeldia sem causa o seu talento. A sensação é de que a sua música é apenas o plano de fundo para as suas loucuras e excessos. Suicídio. Final emblemático para um artista que se tornou mais forte que os feitos musicais do próprio Nirvana. A situação piora quando analisamos os lançamentos da banda que vieram após o Nevermind. O que temos são CDs mornos, com altos e baixos, além de uma loucura barata e desnecessária. Tudo bem, você ainda não está convencido. Peça então que alguém cantarole um sucesso do Nevermind. O que ouvimos são alguns versos e só. Mas se isso ainda não lhe serve como prova cabal, coloquemos então um exemplo mais bem elaborado. Imagine que o seu melhor amigo coloque no iPod a música inédita Stairway to Heaven de uma banda nova chamada Led Zeppelin. Sucesso em pleno século XXI! Conclusão: existem bandas que, mesmo com as suas loucuras descabidas (o Led Zeppelin era mestre nisso), suas músicas transcendem as épocas musicais, desde a agulha do vinil até o shuffle do iPod. Essas bandas foram feitas para durar, enquanto outras ficam estanques no tempo e no espaço. Em poucas palavras, o Nirvana não me arrepia mais, tampouco faz o meu coração bater mais forte.
"Cymacedo" - O final deste artigo é dedicado a você. Acredito que saiba o porquê.
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